O termo kitsch foi criado no séc. XIX para classificar produções artísticas consideradas inferiores feias e exageradas, no entanto este conceito mudou e nos dias atuais, define uma manifestação de personalidade que pode ser aplicada na decoração.
Palavras como ridículo, fora de moda, mau gosto e piroso são usadas frequentemente para classificar este estilo. Mas, na realidade, este conceito traz grandes reflexões afinal, o que é feio para alguns pode ser bonito para outros.
A decoração kitsch passou a fazer muito sucesso nas últimas décadas, pois traz liberdade para que as pessoas utilizem vários objetos sem medo de ousar. Neste estilo não há preocupação com a dose certa, harmonização ou regras de decoração.
Quando falamos sobre o significado kitsch num projeto de arquitetura, as lembranças do cliente, e a sua bagagem de vida falam mais alto na hora de decorar um ambiente. Os objetos usados tem valor sentimental, lembram aquele parente querido, uma viagem marcante, um momento especial, entre várias outras histórias. Não é à toa que estes ambientes se pareçam com as casas das nossas avós cheias de recordações de muitos anos de vida.
No estilo kitsch o excesso de informação torna-se em algo divertido, exótico e aguça a curiosidade das pessoas. Até mesmo aquelas que não usariam este tipo de decoração na sua própria casa chegam a ficar encantadas com a criatividade e a personalidade destes ambientes, que nos remete a um mundo de fantasias.
O estilo kitsch está presente no cinema, nas fotografias e no universo pop em geral. Os filmes de Almodóvar, as imagens de David La Chapelle, o visual de Lady Gaga e Carmen Miranda, as cores de Frida Kahlo, todos são ícones deste estilo.
A decoração kitsch é polémica, mas tem feito sucesso principalmente em projetos para clientes jovens que procuram ambientes instagramaveis. Tecidos com estampados florais são os queridinhos deste estilo, mas, usados em abundância Se pudéssemos resumir o estilo kitsch numa só palavra seria exagero.